Na verdade a manhã se passou, a manhã de domingo. Acordei antes do despertador. Não acho ruim, com essas musiquinhas bacanas de celular de hoje em dia. Antes que passe da hora, afinal estou com companhia, da minha filha, e ela acorda cedo. Já deixo um ‘pequeno almoço’, musli, uma fruta, a vitamina D dela...(mesa posta na noite anterior), e quando acordo (sou mais preguiçosa), fazemos um ‘café da manhã/brunch” juntas, dependendo da hora, mas antes ela vai pra minha cama e ficamos juntas. Hoje coloquei vídeos dos anos 80/90: Sade Adu, Liza Stensfield, Wham, Nene Cherry & Youssou n’dour, Simply Red..ela queria músicas tranquilas, e eu as escolhi a dedo.
Saí na quinta-feira, sexta-feira, sábado...e HOJE DOMINGO dia de sossego, silêncio, só eu e Dominique, ela fazendo as coisas dela, e eu as minhas. Alguém importante ia me ligar às 15 horas, e antes ligou um amigo da Escócia, que há muito não falava, amigo querido que passou por mals bocados e agora está lutando de volta, e tenho certeza que ele vai sair dessa fase de tsunami emocional. Na quinta-feira fui jantar, beber e conversar na casa de uma querida amiga, ela estava no Brasil, e deixou a família aqui, e foi ficar com a mãe que já passou dos 80 anos. O preço que pagamos por morar fora, os queridos ficam. Na quarta-feira passei um frio danado num ponto de ônibus no meio do nada...e na sexta-feira fiquei deprê, muito deprê e sabia que era o álcool falando, sabia que era a parte de mim que morria, o outro, o ex...como no filme Eternal sunshine of the spotless MIND. Sonhei que o ex, e no sonho...ele meio que ficava ao redor, não estávamos mais juntos, mas ele ficava lá, o que novamente me deixou down ao acordar, e pensar como é difícil.
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Dia dedicado ao espírito/descanso do corpo, repor as energias desses dias, equilíbrio: chás (acabei de tomar um muito bom), já toquei um pouco da minha lição de casa no piano, e estou ouvindo a rádio NPO 4, uma das rádios digitais clássicas que ouço, não conheço coisa melhor que sossego quando se precisa, curtir até a minha melancolia.
Sentada nesse confortável sofá de couro vermelho caíndo aos pedaços, olho meu jardim invernal meio bagunçado, gosto dele assim, e suas mudanças conforme as estações do ano, os vidros sujos...lavei-os dias atrás, mas chove e suja tudo... ainda estão sujos (um VIDRÃO enorme na janela sem venezianas), janelas holandesas que não se abrem...penso nas melhorias que preciso fazer no verão no mesmo jardim/quintal, cada coisa tem seu tempo, ainda bem, nada de estresse.
Penso o quanto de 'lembranças' em forma de papel e trecaiadas preciso me desfazer, e também roupas, sapatos, 'milhos', penso nos 'afspraken (compromissos com pessoas), tudo se dá um jeito. Penso num querido amigo que vai completar 50 anos e vai casar com o já marido e a preparação disso tudo no primeiro semestre do ano 📷 , e os 20 anos da minha filha, ela já está contando os dias, falo pra ela, você ainda tem 19 anos, aproveite. Penso nela novamente ontem comigo no cinema, e no pequeno diálogo com uma aluna de yoga que estava por lá. Deixo elas falarem:
- Olá, meu nome é Dominique. De onde vocês se conhecem?
- Sua mãe me dá aulas de yoga.
- Ok, sou filha dela (hehehe), e eu tenho 19 anos, como é seu nome?
E ainda tem o meu filho, que menino doce, poeta...
Penso numa amiga que fez uma sopa de lentilha para levar ao amigo enfermo, penso nos amigos em Portugal, penso no momento difícil que meu irmão está passando em SP, penso na pessoa que vai me ligar às 15 horas...penso no meu ex namorado (sinto saudades das partes boas) a mente pregando peças, ainda confundida, penso na abundância e nas viagens que ainda quero fazer neste ano...e nos eventos que participarei em breve...penso que TUDO É DIVINO, tudo é maravilhoso apesar dos pesares, apesar da fome no mundo, da tristeza, da depressão das pessoas, e desse pessoal nojento que joga porcarias no chão, papel no chão, latinha de refrigerante, tendo uma lata de lixo por perto.
Reflito sobre o destino e vida de cada um, dos amigos espalhados no planeta, dos livros que preciso e quero ler...da tristeza e impotência dos brasileiros diante da situação política do país, nas injustiças, e penso que cada vez mais consigo ser eu mesma, e a sensação de LIBERDADE de espírito, e ainda espírito aventureiro.
"- Que aula maravilhosa né meninas? Estou completamente VICIADA EM DO IN YOGA'...disse isso no vestiário da última aula (não vivo e não quero mais viver sem, aliás não vivo sem música clássica, nem meditação, nem "meu' samkalpa diário, nem samadhi, nem o PRESENTE, viver o presente, e meu corpo maravilhoso, veículo de prana, minha respiração, alimento pro corpo e alma...já não vivia sem essa PROCURA, fiz de tudo e me encontrei no CHI, os chacras...e todo o estudo que envolve o aprendizado da yoga curativa, o corpo as ervas, a respiração, os canais de comunicação, DO IN, eu lembro bem quando entrou na minha vida nos anos 80, precariamente através de um livro que caiu na minha mão. Os pontos, os centros de energia, como tocar com os dedos, como acabar com uma dor de cabeça. Eu e me amiga e colega em São Paulo, éramos metidas na auto-cura. Sempre procurei o mapa da mina, consegui achar vários, e vários tesouros e estou rodeada deles.
Acredito que todas concordaram comigo com a observação que fiz, algumas em silêncio, reconheço em suas faces e seus corpos nas aulas e a presença da mesma, e o progresso da professora, que começou como aluna, pegou o diploma, deu algumas aulas como experimento, passou para uma aula por semana, e agora já dá duas aulas por semana na Vrouwfit...e a boa energia coletiva que emana de uma aula assim contagia e pois te muda.
Na conversa ao telefone das 15 horas, a pessoa diz...vai dar uma voltinha com a sua filha mesmo assim, é bom. E percebi, por que não? Novamente sair, tomar um capuccino lá fora, uma passeada, e lá fomos nós porque ela concordara...nada de consumo, sábado fora o dia para o shopping pra ela, que fica feliz com as pequenas coisas. E fomos curtir o final do domingo, ver vida pulsante, ver o sol mesmo que tímido, easy like sunday morning.