Monday, June 25, 2018

Lentilhas polaroid Laibach e Coréia do Norte
A moça nua loira de costas tem um corpo violão maravilhoso. Ela está ao ar livre. cena rural, ao longe algo como se fosse no deserto na Califórnia, um morro seco o pano de fundo, sentada numa banheira de pezinho enferrujada, ela se vira...e os seios são enormes, arrebitados e perfeitos. A composição da foto com certeza será muito boa, mas não vejo a foto, a cena é com movimentos, a foto de polaroid.
Cozinho lentinhas e assisto um documentário sobre o criador das fotos com a máquina POLAROID Edwin Land. Instant dreams. O visionário, muito antes das fotos de cada dia, as fotos digitais as fotos polaroids instantâneas eram mágicas, artísticas, certas, erradas, a pouca paciência...a espera, e lá a foto. Ficou certa, ficou errada, deu certo, deu errado?
Tenho uma câmera polaroid, está lá em alguma caixa no sótão. Estou num livro de uma atriz brasileira, com várias fotos polaroids, registrada na minha juventude com um amigo. Tenho algumas fotos, do nascimento da minha filha, do meu filho bebê, do meu ex-marido, de quando trabalhava na noite de São Paulo, nos anos 80 e 90.
As lentilhas serão comidas amanhã. Ainda preciso temperá-las, cebola, alho, tempero verde e acompanhamentos. Meu filho irá pela primeira vez sozinho numa viagem, sem pais, sem amigos, espero que tudo dê certo, irá pra casa de amigos, e espero que seja um abrir os olhos pra ele, que vive dependente do pai e de mim, sem saber...ele precisa se libertar.
Como fotos polaroids, sem negativo...sem passado, o que pode dar uma depressão como a vida, temporária, nada é permanente.
Notícias tristes nessa semana, de doença na família, ainda não posso falar. E ao contrário das fotos polaroids, as pessoas vão sumir, da minha vida, da vida delas próprio, virarão fotos e lembranças em memórias, sumirão do planeta.
Mais um aniversário se passou, e definitivamente sou uma pessoa que vim ao mundo pra unir, pra integrar, pra apresentar as pessoas, umas às outras, para comunicar, e para fazer os outros felizes, mesmo que seja por instantes, festas, precisamos de mais festas, sem pose, com beleza, a grande beleza da vida.
A copa na Rússia começou. Copa na Rússia, tão estranho falar isso. Os tempos mudaram, muitos anos atrás, tínhamos a União Soviética, a guerra fria, hoje a boa notícia que abortar na Argentina não é mais ilegal, vitória para nós mulheres, vitória e vidas. E o documentário acaba e começa outros sobre a banda Laibach da Eslovênia e o primeiro concerto na Coréia do Norte. Dimitri iria gostar ou talvez não, juche gang.


As lentinhas ficam prontas, o show no documentário vai começar. Começou e a cara dos coreanos, nada animados, achando com certeza tudo muito estranho, o que é perfeitamente compreensível. Mas no final dá tudo certo. http://www.liberationday.film/
PS - como fui bloqueada do FB, estou transferindo todos os meus textos do FB para o meu blog pessoal.

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