Já vou avisar àquele que me lê (nessa postagem) que o assunto que abordarei é tipicamente feminino, não que homem não possa ler, liberdade, fraternidade, igualdade, não é mesmo, mas diz respeito à nós mulheres se você é homem e quiser saber mais sobre a mulher talvez seja essa sua chance, e suas mudanças biológicas,, também é bem-vindo, mas quem avisa amigo é! Homem não menstrua, não fica grávido, não tem mudança hormonal, não ovula, TPM, depressão pós parto, não tem, portanto, nunca saberá o que é menopausa, menarca, climatério e otras cositas más.
Então fui ao médico da família (tipo um clínico geral fixo, com seu histórico médico), depois de muito adiar. Afinal desde agosto não menstruo mais, o que é isso? Meses e nada? Parei de fumar, e como já comentei, engordei, nem correr posso, dói as articulações, explica melhor isso ai Seu 'DO(u)TOR'.
E eis quando marco a consulta (depois de 4 meses protelando), menstruo. Vai entender...fui ao médico assim mesmo.
Retornando à esses 4 meses antes da consulta, o que povoava minha cabeça, beirava o pânico: estaria grávida? E agora? Ligeiramente grávida, não existe. Mas é estranho, pânico é uma palavra que está saíndo do meu vocabulário, drama-queen também, seria a maturidade? Ou são as armas que encontro pra viver, procuro estar rodeada de poesia, de amigos, filhos, boa leitura, auto-conhecimento, uns gritos, uns choros de vez em quando, policiar meu pensamento e minhas palavras.
Um bebê na barriga, seria ridículo na minha idade, 52 anos, oh!não eu quebrando as regras novamente, só que desta vez no sentido literal? Sou tão regrada, 28/28 lá vem. Cheguei a cogitar (se fosse verdade), eu por mim teria filhos até onde desse, esse lado masoquista meu, lado(s), 3D maternal porque esse instindo parece que vem por todos os lados, sou mãe de todo mundo, desde que me conheco por gente. Experimenta atravessar a rua ao meu lado...experimenta ser criança sózinha brincando na escada rolante ao alcance de meus olhos, sem mãe e pai por perto. Aliás se for pensar bem, esse foi um dos motivos que optei por ser mãe, estava cansada de ser mãe dos outros, queria ter os meus próprios filhos, ver pra crer, ver pra viver.
Esperei passar e comprei um teste de farmácia: pá, pumba, deu negativo. Desconfiei, porque o teste não foi dos mais caros (os preços variavam muito, quanto mais segurança no resultado final, mais caro), também nao foi o mais barato, mas essas micro chances de dar errado? Meda, no feminino mesmo, combina mais comigo. Fui pagar 8 euros por um teste? Ou foram € 12. Detalhes a parte, que idiotice, por quê não comprei logo o de € 20?
Meda de ficar grávida? Nada, gravidez é legal...até seria uma mãe de aluguel sem problemas, mas mais um filho pra criar/educar/cuidar/bancar, nesse momento de minha vida____________NO WAY! No more...
Acorda Alice, acorda Bebete, Acorda Carolina! Acorda A, B, C.
Fui engordando por não menstruar, inchei, e como já havia falado há pouco tempo atrás, a gordura parece que está gostando de mim, o parar de fumar também colaborou, ainda nao estou desesperada pois conforme o livro da Janete (que mencionarei posteriormente), estou ainda na fase da gordinha/sexy, dá pra dar um truque, mas nenhum jeans me serve, e até as roupas pretas que tanto amo, as camisas não fecham os botões, nada anda me caíndo bem, tudo isso me deixa de mau-humor, senão fosse as leggings estaria perdida, e ter que sair pra fazer shopping de roupas de tamanho maior, nem pensar, excelente motivação para consumir menos, porque não me dou nem me darei por vencida, não, não, não, ainda atingirei um peso ideal para o momento, armarei um plano diabólico. Reviro meu guarda-roupa de cabo a rabo pouca coisa me cai bem, ou me serve, olho na imagem arredondada no espelho e digo: Nada mal " fofinha", e dou uma piscadinha (te conheço?). Não, não me reconheço, é uma fase nova, não só pelo que acontece no reflexo do espelho, é uma fase de mulher pré-menopausa, uma fase interessante, um NOVO EU, o eu mais do que nunca observador, tenho tantas em mim, e já não bastava o estigma de geminiana. Preciso urgente me movimentar, o lado chato é fazer certas asanas de yoga me atrapalha, apesar de que ser curvy ter o seu glamour. Namastê! Mas o buraco é mais em baixo ainda, é o buraco da menopausa, que toda mulher mais cedo ou mais tarde terá de enfrentar.
Fiz exame de sangue, um controle hormonal...e estava tudo normal, foi apenas um susto, não estou grávida, nem na menopausa (uma ano inteiro sem menstruar, ai sim a mulher chegará no climatério), estou sim na pré-menopausa. É a vida, é a idade, é o momento, e aceito sem problemas, mas o que não aceito, é ficar ofegante ao subir vários lances de escada (era pra evitar as escadas rolantes, não?), principalmente depois de ter parado de fumar, me falaram que a saúde melhora, li muito, a saúde melhora sem cigarros, pois bem, melhora, mas como o corpo muda, temos que aprender mais sobre a nova fase, os hábitos alimentares também têm de mudar, comecei a beber mais água, é uma secura de tudo, por dentro e por fora, cabelo, pele, pés.
Claro que sei que posso emagrecer (quando realmente parar de ficar sentada aqui nesse computador reclamando, ou só andar de bicicleta (no raio de 5 km e com as 3 marchas, ou só fazer hatha yoga...) isso não funciona, preciso realmente SUAR, dar uma mexida nessa energia parada, e queimar essas calorias, correr seria magnífico se não fosse o joelho e esse tempo holandês é fácil falar, quando a primavera der as caras, só vai dar eu...e além de tudo, meu namorado não reclama, me adora, me agarra e me chama de " lekker ding", e eu caio no conto do vigário, ' me engana' que eu vou pensar se gosto. Acho que não, porque acabo me acomodando, e me desmotivando. Ah! Homens, mas mesmo assim ganhei de presente uma cinta Turbo Max dele, usei uma vez. O negócio fica vibrando na sua barriga, esquenta,, e você plugada, MEDA, MEDA, MEDA...e muita preguiça.
Nesse meio tempo, ganhei uma lata (de plástico) de mumu (doce de leite do Rio Grande do Sul), de um amigo gaúcho que mora na Holanda e vai seguido ao Brasil, mumu é a marca, mas todo mundo sabe que a vaca diz, mu mu...e ficou. A lata já acabou, mas o açúcar deve ter se instalado nesses centimetros a mais nesse quadril, no abdomen...grudou em mim feito tatuagem, agora eu sou a vaquinha da ambiguidade, entre a consciência de colocar no meu corpo alimentos saudáveis e me desintoxicar, e consumir maravilhas em forma de a;úcares e guloseimas.
Ãs vezes penso que faço regime/dieta pra engordar, não pode ser possível, mas é. Seria uma maneira de me punir ou me testar? Faço compras praticamente todo o dia no supermercado perto da minha casa, e no corredor de chocolates passo quase todos os dias. Ou eu gosto de comer e ponto final? E se for pensar, nem como tanto assim, recuso a comer frituras, óleo só azeite de oliva, mas a manteiga...ah! a manteiga. Não coloco açúcar no café, aliás o koffiemelk é meu açúcar. E uma vez por semana me delicio com o capuccino com caramelo da Hema ou do Coffee Star. Vai ver eu nem estou ai pra ditadura da magreza, e às vezes eu nem estou ai pra nada, no inverno hiberno, na primavera cuido do jardim e aprecio as flores e verde, no verão aproveito o sol e a luminosidade, no outono passeio no cemitério, curto as cores., e no inverno hiberno novamente, sempre com trilhas sonoras fascinantes como minha a de Nicolas-jaar-bbc-essential-mix-download e Vivaldi, e meu novo velho piano (falarei dele em outra oportunidade).
O meu corpo mudou, isso sim...tudo ficou mais lento por aqui, os hormônios, e esse efeito "Bob Esponja" (cintura pro espaço) aliás eu só tenho cintura porque tenho quadril, o que continua sendo mais desagradável, a falta de fôlego. Estou fisicamente virando uma senhora, nada a fazer, e quero curtir esse momento, pois assim me reconheço, mas mudanças estão por vir, mudanças na alimentação, mudança de metabolismo.
O humor mudou também (mas esse muda o tempo todo), com o descontrole hormonal, a gangorra voltou, a irritabilidade, a aceleração, o botão phoda-se ligado (não gosto de dizer palavrão no blog), mas às vezes precisa.
E o remédio para isso, é me armar com as armas que conheço bem, a meditação diária. O parar, o silenciar, o ouvir a voz interior, não remar contra a maré, trazer pra baixo todos os livros de meditação, guias, e acrescentar a meditação na dieta diária. E assim tenho a sensação de estar no caminho certo.
Mas voltando a minha gravidez imaginária, fiz dois testes, o segundo teste, ' mandei' meu namorado comprar o teste, ah! vai lá, se eu estiver realmente grávida, esse bebê nao foi concebido pelo espirito santo...negativo novamente. YES.
Certeza, "não estou grávida", apesar de achar que meus seios iriam explodir de enormes, não tem mais pele pra esticar, e se fosse verão, me auto-intitularia "Bebete melões", como a menina que frequentava o Massivo: "Mônica Melão" Mônica Melões afinal ela tinha/tem dois seios, ela era loira oxigenada, e usava uns decotes deixando mais da metade dos seios à mostra, cheio de estrias e com aquele bronzeado artificial, as roupas sempre pretas, apertadas, de vinyl, meia arrastão, e ela curtia muito "deixar os homens doidinhos" com aquela aparência kinky vulgar, tudo nela combinava com a loirice, a mini-saia apertada, a falta de papo (noite é pra dancar, namorar, aparecer, se sobressair, diziam que tinha feito uma tal faculdade de psicologia, essa era a persona dela na noite, fama de perigueti (quem seria a próxima vítima?), sorriso com dentes brancos ou pareciam ser brancos porque tinha o contraste da pele, a celulite camuflada nas pernas com as meias kendalls, figura perfeita pra noite, a falta de assunto a fazia ser um mistério, o mistério estigmatizado da burrice e do clichê de loira burra, mas o que importava? Nem loira ela era, e afinal das contas, apesar do rosto cheio de marcas acne de um passado escolar talvez tenebroso (sim porque aquelas marcas no rosto não apareceram da noite pro dia), ela parecia feliz e parecia que se curtia, todos contavam com a presença dela na noitte, ela era a rainha dos bofes, sem medidas perfeitas, no explendor da juventude, naqueles anos 90. Que nem na sacolinha da loja Vila...
Continuando, não era pra falar da Mônica Melões, não era pra falar de frutas, mas sim das frutas que nào como e teria que acrescentar na dieta, da minha possivel gravidez, da menopausa, que deveria vir antes da gordura, da possivel gravidez afinal é assunto mais sério, é assunto de saúde, física e mental, da mudanca de vida, fase importante na vida (deixa eu pensar, todas as fases na vida são importantes), nunca mais ficarei grávida, nunca mais poder conceber outro ser, nunca mais comprar absorventes pra si, ops, eu tenho uma filha adolescente. Melhor pra mim, que preciso me concentrar no que já tenho, dois adolescentes em casa.
Nesse meio tempo recebi o tão famoso livro remetido do Brasil.
O livro da Janete, amiga da Bebete, que um dia também bebeu grapette...foi lançado com muito sucesso. Janete é expert, Janete é mulher Bombril, 1000, Janete não quer saber de mi mi mi em 2013, não anda de Chevette. Janete um dia me entrevistou pra Veja - São Paulo nos anos 90.
Janete é mãe assim como eu, jornalista, mãe de enteados, escritora, empreendedora, yogini de ashtanga e com esse livro recentemente lançado, pensou em mim e me remeteu, é um excelente relato de experiências e guia, ela conta como de corpo de modelo ela virou obesa, obesidade mórbida e como revertou esse quadro, um relato íntimo com a balança (diz), mas isso eu vou contar na próxima postagem, afinal, existem muitas Janetes, Bebetes, Colettes, que dançam na balança a todo momento, balançam seus melões, balançam suas panças, balançam mas não caem, e tudo seria muito engracado, se o assunto não fosse obesidade mórbida, mesmo que a morte nos leve para a magreza eterna. Amen.
No comments:
Post a Comment