Friday, May 30, 2008

Estação do amor


Eta estação mágica para o amor...para a celebração da vida, das promessas, a renovação do positivismo e da confiança que mesmo quando nem tudo são flores, o arco-íris aparece com aquele pote de ouro que eu nunca vi quando era menina.

As flores desabrocham, minha primeira filha nasceu na primavera, e assim nasceu uma nova mãe.
Mês de maio é o mês das noivas, os mês dos planos.
Lá fora, é tudo colorido, mais feliz, alegre.
O sol ilumina mais intensamente, a luz clareia e acentua as cores, as nuances num ton sur ton das pétalas da roseira, uma leve sombra, o perfume das rosas.
E se cair a chuva, é chuva pra nutrir, hidratar, é chuva boa.
Uma amiga casou na primavera, e quer coisa mais bonita que casamento?
Claro que muitos são cafonas, não importa:

- É preciso ritos (sempre lembro do Pequeno Príncipe). E muitos escolhem casar em maio, outros entram de gaioto nesse navio.

E é na primavera, o mês de maio...o mês mágico.
Meu humilde jardim, floresce desde abril, umas vão morrendo, outras vão desabrochando, mas até julho, tenho a certeza de que os girassóis também estarão ali.
E para o impacto terrível, horroroso...
Eis que meu filho me chama esses dias lá fora:

_ Mamaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, aqueles mama que eu tenho que sair correndo pensando que é uma tragédia, um desastre, alguém ferido, cortado, sangue, cacos de vidro,o avião caiu no quintal, olho furado,prego no pé. NADA:

- Era a planta. Meus belíssimos lírios rosa pastel desabrochando, mas e as folhas? Cheia de um inseto preto, grudado, inúmeros, nojentos....argh.
Comendo todas as folhas, os cretinos ali, de conchavo com a natureza...destruindo o belo e quem estava ajudando naquela catástrofe, algumas joaninhas daninhas, e agora sei que elas precisam de alimento, mas porque não vão comer as ervas daninhas.

- Saiam dai seus inergúmeros. Já não bastasse minha roseira mais velha e mais alta, estar cheia de piolhos, mas esses descobri como combatê-los, se usa um produto de limpeza azul (Brand Spiritus)= queima espírito - com água num balde, e se limpa com uma esponja e muita paciência, folha por folha, botão por botão, rosa por rosa, e lá se vão eles afogados água azul abaixo, e de uma certa maneira quando chove, alguns piolhos são tragados tobogã das folhas abaixo.

É, um jardim...não é só ficar olhando, admirando, é preciso cuidados.
Um animal de estimação não é só ficar acariciado.
É tomar cuidado preciso, combater os inimigos...em prol da vida (nem muito longa), e sim temporária da estação...a transitoriedade das coisas, de todo ser vivo.

No Brasil nasci no outono, aqui aniversario na primavera.
Na escola do meu filho, estão com um projeto chamado Lente kriebels, kriebels...tipo uma coceira, tipo uma vontade de...estar e curtir a estação. Teve até palestras de psicólogos sobre relacionamentos, sexo para os pais, tudo em função do amor, da reprodução, informações. Tenho um livro ilustrativo de como nascem os bebês que está fazendo parte da grande exposição final.
Os pobrezinhos levaram fotos de quando eram bebês, fui entrevistada pelo meu filho, sobre o seu nascimento...

- Mãe, eu nasci no hospital ou em casa?

- No hospital, claro (aqui só há alas de maternidade), hospital é para enfermos.

Por quê?

- Porque eu achava mais seguro, e esse papo de "filho em casa" é coisa antiga - que aqui não é. E além disso, estava com 39 anos, e poderiam haver complicações.

E lá foi o pobrezinho escrever na entrevista.

E o que aconteceu de bijzonder(diferente/especial)...

Foi que eu fui imediatamente pro hospital com a "parteira" no carro dela, o papai ficou em casa, ligando pra arrumar a babá pra Dominique(tudo já arranjado anteriormente...but), e ela me disse":

- Benen bij elkaar, benen bij elkaar, e passou no sinal vermelho.

E que diacho era esse benen bij elkaar (juntas as pernas, juntas as pernas), antes que ele nascesse no carro.

Essas coisas a gente nunca esquece. Do parto dos filhos, do primeiro beijo, eu esqueci o primeiro sutiã, mas não esqueci a data que fiquei menstruada pela primeira vez, e o cara - aquele - infeliz que escolhi pra me livrar daquilo, o estigma de virgem, cruz credo.

Ah! A primavera, primavera...estar apaixonada, seria tudo tão perfeito.

E você filho, está apaixonado por alguma menina (faz parte do projeto da escola).
Ele disse:

- Não, não gosto de meninas, todas são stom (estúpidas)...

E pensando bem, sinto uma leve atração fatal por alguém, uma atração que já senti, quando olho vagarosamente, uma atração aventureira, o passo no escurido da descoberta que não se sabe onde irá chegar.
O anel que apertava no dedo saiu, e tudo se tornou mais claro.
Olho no espelho, e me vejo bela, alegre, jovial, saudável apesar dos pesares, cheia de energia positiva, idéias e planos simples de felicidade, estou de uma certa forma apaixonada por mim, a Vera é a prima, eu sou a verdadeira musa, fonte de minha própria inspiração.

E assim, parece que as coisas vão tomando um rumo mais fluído, sem controle, sem medos, usando minhas horas, de forma criativa, inspirada pela beleza da vida, as mil possibilidades do crescimento como pessoa, o meu tempo nessa passagem.
E mais interessante que se livrar do medo, gera um outro medo...a constatação do poder que se tem, sem precisar quebrar a mesa, dar barraco, ser dócil mas resoluta, reconhecer que não podemos negar nosso potencial como ser humano, e que temos o direito do prêmio, da medalha no final...que é constuir a nossa verdadeira felicidade cada dia, segundo a segundo.

Parece cansativo falar assim, mas é verdade.
O mérito é meu, ninguém tasca eu vi primeiro.

Tudo vai bem, quando se ama a si próprio.
E quando ouço o canto de uns pássaros cantando, como que me chamassem:


_________BebeteBe____________BebeteBeb
______BebeteBebeteBe_______BebeteBebeteBebe
____BebeteBebeteBebeteB___BebeteBebeteBebeteB
___BebeteBebeteBebeteBebeteBebeteBe_______Bebe
__BebeteBebeteBebeteBebeteBebeteBe_________Bebe
_BebeteBebeteBebeteBebeteBebeteBebete_______Bebe
_BebeteBebeteBebeteBebeteBebeteBebeteBebe______B
BebeteBebeteBebeteBebeteBebeteBebeteBebeteBe__Beb
BebeteBebeteBebeteBebeteBebeteBebeteBebeteBebet_B
BebeteBebeteBebeteBebeteBebeteBebeteBebeteBebeteB
_BebeteBebeteBebeteBebeteBebeteBebeteBebeteBebet
__BebeteBebeteBebeteBebeteBebeteBebeteBebeteBeb
____BebeteBebeteBebeteBebeteBebeteBebeteBebete
______BebeteBebeteBebeteBebeteBebeteBebeteB
_________BebeteBebeteBebeteBebeteBebeteB
____________BebeteBebeteBebeteBebeteB
______________BebeteBebeteBebeteBe
_________________BebeteBebeteB
___________________BebeteBeb
_____________________Bebete
______________________Bebe
_______________________Be

Eu respondo que nem o Roger, eu me amo...eu me amo, não posso mais, viver sem mim...(e como é que já pude?).

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