Monday, August 23, 2010

Guess the google

Nas horas vagas, porque ninguém é de ferro, adorei esse joguinho.
Nessas horas vale ser uma digitadora rápida e googlemaníaca.
Divirtam-se!aqui

Monday, August 9, 2010

A volta do NATION DISCO CLUB

'foto de polaroid da coleção do falecido Eloy W. junto comigo'


Quarta-feira próxima terá a festa dos 22 anos do Nation Disco Club em São Paulo, no porão nos fundos da galeria América na rua Augusta, AQUI o texto na íntegra do blog do Cacá di Guglielmo que teve o privilégio assim como eu de fazer parte dessa NAÇÃO.

No NATION foi onde 'tudo' começou a cena club, a cultura de club, DJ's, flyers, o nome 'club' (no lugar de danceterias, discotecas, night club, blablabla) clubbers (frequentadores de clubs) glossário dos clubbers e tudo mais...na noite de São Paulo no Brasil de 1988 à 1991. Lá foi onde eu comecei minha carreira na noite, na função de hostess na portaria, dando cartão pros frequentadores. Cada frequentador, passou pelas minhas mãos. Foi o trabalho que mais me diverti.

Existe a história a.N. e d.N....mas tudo é história, e o Nation, fez história.
Let's go!

Deu pra ti baixo astral, vou pra Porto Alegre tchau

E assim, depois de 19 anos morando na Europa entre Londres e Lisboa, meu irmão caçula voltou pro paralelo 30, a nossa cidade natal de malas e a cuia acredito que ele comprou uma nova por lá, pois afinal somos gaúchos.
Isso foi em setembro de 2009, e agora ele está, depois dos primeiros meses de andanças, estabelecido no seu próprio salão veja aqui que graça no chique bairro Moinhos de Vento e junto aos amigos de infância, adolescência, família (a que restou por lá), e novos amigos claro.

Enfim, uma façanha de coragem pra se tirar o chapéu, pois ele bem sabe, nada foi e é de mão beijada, a vida é uma jornada, um processo...um aprendizado diário.
Estar de volta às raízes, respirar o ar puro e ver as estrelas  no céu azul do Rio Grande do Sul, dar umas voltinhas apreciando o Pôr do Sol no Guaíba, curtir a gauchada meio européia...ir na casa de Cultura Mário Quintana, dar uma 'banda' na Redenção e as coisas que os gaúchos da capital apreciam.

Lembro bem de uma música dos anos 90 (bem babinha e apoteótica) que dizia: Take me to the top !
Que nem a estátua do laçador...lá encima, só quem já foi à Porto Alegre, ou é de lá conhece.

Welcome back home honey!!!

Miso Mix

Pra quem aprecia música eletrônica de qualidade, os sets de Charles Webster no MISO mix é garantia de divertimento puro.
Tive contato com a rádio Samurai FM (japonesa) e com os sets do cara  ano passado via um amigo brasileiro multimídia. Desde então é quase um non stop PLAY, fiquei fã. Pra nós meros mortais amantes de boa música eletrônica é um atalho prazeiroso, o bom gosto musical eclético e a pesquisa do cara fazem a festa pra gente. Fonte de referência pra muitos DJ's profissionais e pra ouvintes normais como eu, esse é o cara.

Sabe aqueles dias que a gente tá com preguiça de garimpar o que ouvir, e quer ouvir de tudo um pouco, coisas novas, diferentes? É principalmente nesses dias que me deixo levar e dou aqui a dica pros amigos.
Enjoy!

Gay pride AMS 2010 - wet'n wild

Thursday, August 5, 2010

No nível do limbo - Inception


Gosto de tanta coisa, e claro que ir ao cinema está no topo da lista, junto
com outras coisas interessantes pra mim, também no topo da lista.
Estou duas semanas de férias (sem crianças)...posso me esbaldar. Como assim?
Nas alturas do campeonato, fica quase difícil na minha idade e experiência, a imbecilidade do "melhor filme", melhor "música"...melhor "momento na vida", blablablá. Mas é um dos melhores filmes que vi, com certeza, e aconselho a quem gosta de mistério, thriller, ação, e claro SciFi contemporâneo. Vá!

Na listinha imaginária de coisas, eu adoro ser surpreendida. Mas como considero certas surpresas desagradáveis, eu vou deixar pra lá surpresas...porque não é de surpresa ruim que eu gosto, eu gosto de surpresas...e das boas e ser surpreendida por surpresas boas, ora bolas. Dá pra escolher? Não...mas eu me arrisco porisso que vez ou outra, acontece algo bem bacana, que eu curto muito, nesse caso, foi assistir esse filme como o menos pior da lista de programação da minha cidade Leiden.

Relatando, fui ao cinema no domingo passado assistir Inception, por pura falta de opção e adorei o filme. Me ficou na cabeça, e adoro quando o filme fica na minha cabeça, sinto que meu dinheiro e tempo foi bem empregado, mesmo ao assistir Leonardo diCaprio que não sou muito fã, por tanta fama de ator desse porte, ah! sei lá é o ranço da mídia que me enche o saco ou ser ex da Gisele Bundchen. Acho que até gosto do DiCaprio porisso, se pensar bem, nunca gosto muito desses atores de Holywood perfeitinhos, mas alguns sempre me surpreendem e Leonardo começou muito bem quando garoto, e agora na idade adulta, é brilhantemente honesto, será que dá pra tirar de lado uma possível contradição minha?

Toda aquela ação do filme não estava nos meus planos, SciFi, o gênero foi o que mais me chamou à atenção e a sinopse envolvendo uma trama do subconsciente (sonhos) quando li e escolhi, mas o filme foi tão bem feito, com todos os elementos desde o enredo, produção, efeitos e nem muitos digitais, e muita ação que sai de lá pensando...virá o 2 num futuro próximo. E terei que assistir esse com meu filho que adora ação, e é um atento observador de seus sonhos, ele realmente ficará de boca aberta, quando assistir. É assim que gosto de educar meus filhos, e esse é o passatempo que gosto de oferecê-los, assistir muitos e muitos filmes com eles, filmes da minha infância, e juventude e atuais também, fazê-los pensar por si próprios. Ai, que mãe exigente.

À parte das sequências possíveis que virão ou não, eu me diverti muito na cadeira, em uma audiência repleta de "jovens" estudantes universitários de Leiden. A sala do Trianon era enorme (cinema com 4 salas, antigo e subsidiado pela prefeitura de Leiden), e quem toma conta do negócio é um vereador "velho" de um partido quase que insignificante dentro da política desse município, e creio que ele está na política, só puxar brasa pro seu assado, pros seus cinemas, para que eles não virem salas cheias de sujeiras de pipoca e coca-cola entupidas de absurdos blockbusters como no caso do concorrente LIDO; semblante de mau-humorado esse senhor, amante do cinema junto com sua família, filhos e filha, principalmente filmes de "arte" digamos assim, figurinha carimbada na cidade que habito.

A filha na bilheteria, o filho pegando o ingresso, os outros trabalhando no BAR (vendendo bebidas, chips, etc...) projeção, administração, etc... e assim ele vai tocando o bar...Co...com outros tantos voluntários, que trabalham com ele, sem tela IMax, e bem acredito que teria sido uma experiência ainda melhor em IMax, mas não em 3-D, pois a produção em si, já tinha elementos demais como diria o diretor Christofer Tollen, concordo com ele, oops quem sou eu?

Bom, na lista do que gosto de fazer nas horas de lazer, ir ao cinema, é a prioridade número um. Mas que vida bandida de interior é a minha, pois Leiden não oferece a variada programação de uma cidade como Haia, Amsterdã, Roterdã, infelizmente. Mas penso, que pela condição atual, quanto mais escolhas, menos tempo e mais estresse teria. "So many men, so little time..." tipo assim...e Haia tá aqui do lado, tirando também a preguiça de lado.

Oh! Meu Deus, tanta coisa boa deixo passar, mas já acostumei a "não" assistir tanta coisa boa na telona, sorte que hoje tenho uma TV HD, e um computador com acesso na net, então possibilidades que não me faltam. Estamos conversados. Period.

De vez em quando já está bom, viajar dentro da trama, sonhar, dentro da realidade do filme e um sobre sonhos, ação, e do imaginário decor dos sonhos, imprevisível, é festa pura. Cerebral, mental, dentro da mente engenhosa que é mesmo a mente de uma pessoa no subconsciente, acredito e do diretor. Elementos de Escher, Uri Geller, paradoxos, absenção de gravidade, armas de fogo imaginárias poderosas, incríveis diálogos, foi um coquetel genial pra qualquer consciência...e ainda por cima o macabro "Limbo", o quarto nível de sonho.

Há imagens na realidade que já vi, que às vezes consigo ver no cinema, semelhantes, e uma das cenas que mais me marcaram pela sensação de desconforto e vazio foi a cena de quando, Cobb e Ariadne entram no mundo deles (Cobb e a esposa morta Mal), na cena na praia com os prédios cinzas despencando. Que cena maravilhosa, que mundo frio o Limbo, que mundo vazio, só não pareceu o inferno que estamos acostumados a ver por ai como projeção, porque era frio, casto de qualquer possibilidade de calor, mas era pior que o inferno, livrai-me do limbo, amém. Entrar nesse sonho pra salvar Fischer que havia sido morto por Mal no sonho anterior, foi pra mim um dos pontos altos do filme.

Claro, é filme...e eles sempre dão um jeitinho. Afinal tava tudo ajeitadinho pra todo mundo acordar, até a gente e pra alguns lerdos só quando as luzes se acendem, a palavra FIM, e os créditos não são suficientes.

Quando o filme acabou, um carinho gordinho e cabeludo do meu lado pode mostrar o descontentamento do fechamento cheio de ? ? ? na cabeça dele dizendo um tipo "PORRA" em holandês, o marmanjão queria mais, eu tive a interpretação imediata como um happy end pras grandes platéias e futuras platéias. Tantas possibilidades ficaram no ar, com aquele final, que nem convém aqui citar, principalmente porque é assim que o interpreto, a interação que podemos ter dentro de nossas mentes, conforme o nosso nível de consciência, imaginação e experiência na arte de ver filmes. Sem comparações com outras possíveis explicações da mente de pessoas com uma interpretação niveladas e ou limitadas de suas próprias projeções, afinal é cinema de verdade. Mas não resisti à comparação com a série LOST por milésimos de segundos...next.

Em sonhos, sempre tudo é absurdamente possível. meios e fins...em filmes, início, meio e possíveis sequências.

Palmas pra Inception, daria **** merecidas, só não daria mais uma porque não sou muito fã nem do DiCaprio e nem de filme de ação. Ou será que estou mudando de opinião?








Wednesday, July 28, 2010

Tia avó de São Paulo


Foi-se o dia que eu era uma pessoa multi-tasker e que gostava de estar em todas. Aliás quando o fui, nem pensava sobre isso. Hoje em dia, meu ritmo de agir, de executar tarefas, obrigações, e também diversão (como me divirto) mudou, aliás, não acho isso nem bom, nem ruim, mas estou ciente das minhas limitações da minha vidinha de quase 14 anos de Europa, 12 anos como mãe, e 8 anos de divórcio, e também das prioridades de vida, eu não preciso estar em todas.


Não gosto de multidões, de sempre ESTAR NA FESTA, de beber champagne todos os dias, estar de salto, toda maquiada todos os dia...coisas que antigamente eu fazia sem problemas, hoje custa pra mim muita energia, e fora que faço questão de ser assim, fora de MODA. Malas e viagens o tempo inteiro me cansam, aeroporto me cansa, porque só posso viajar em épocas de alta temporada, e quem trabalhou em turismo como eu, sabe o quão chato é aeroportos lotados, vôos lotados, overbooking, criança chorando em classe econômica, trem de segunda classe...barraca de camping a dois, só com o soulmate quando se tem/teve 20 anos...


Aliás meu estilo de vida atual, está muito virtual, zen, mental, e também contraditório que me ajuda muito a nunca ter tédio de minha própria companhia, sair da minha casa, só se tiver o mesmo conforto que tenho aqui.


Tenho que apenas ter paciência, mais 10 anos...e minha vida vai mudar, e minha independência e liberdade vai voltar, eu digo na independência de ir pra Paris no primeiro convite numa quarta feira (né Plínio?), de participar de um workshop de yoga na Grécia em abril, de esquiar ou tomar chocolate quente em fevereiro na Áustria ou fazer uma visita pra Zanetta na Eslovênia, de ir ao Brasil em março...será uma grande vitória se a saúde estiver ao meu lado. Ainda estou na fase da formiga...trabalhando no verão. Diga-se "cuidando e educando duas crianças de 10 e 12 anos...apesar de que idade, não conta muito no caso da minha filha. E nessa luta diária, praticamente sózinha, sem família, sem marido...minha responsabilidade se duplica. E assim sou feliz.


Conversando com uma senhora, intitulada tia-avó do noivo no casamento semana passada, deparei-me com possível futuro, ou um futuro semelhante pra mim, na dita terceira idade.

Estávamos nós amigos e familiares comportados no City Hall de Amsterdã, em nossas cadeiras, numa sala...sem janelas, que de uma certa maneira nos fez mais centrados na cerimônia oficial, e nas belas palavras da representante legal da cerimônia.

A sacerdotisa exclamou num determinado momento:


- Vocês estão tão quietos.


E sim, estávamos, todos arrumadinhos, bonitinhos...esperando a próxima palavra proferida por aquela mulher loira lá na frente, como se fosse um padre.


Sendo o primeiro casamento gay de minha vida e parece que por sê-lo assim, senti a maior necessidade de seriedade, e talvez as pessoas estivessem pensando a mesma coisa. Nada de brincadeirinhas esdrúxulas sobre o mundo gay, piadinhas clichés inadequadas risadinhas no momento errado, eram apenas dois homens dizendo sim, não personagens que fazem trejeitos com as mãos, e tem voz de Pee Wee Hermann, não, não foi um casamento camp. Foi um ritual belo, raro.


Como ia dizendo no city hall, no exato momento onde muitos estavam fazendo fotos do sim, foto das testemunhas, fotos da troca de alianças, eis que lá veio a "velhinha" bem baixinha, com seus 75 anos já passados, toda bonitinha de vestido azul marinho de poás brancas, pegando sua câmera digital saindo do lugar que estava acomodada, e começou a fazer fotos junto com outras pessoas "jovens" digamos assim. Eu, no local de testemunha, não podia sair do lugar, e infelizmente minha câmera estava junto com o meu namorado, e tive que fazer sinais pra ver, se ele tomava uma atitude e fizesse fotos.

Senti que aquela mulher tinha uma coisa de especial, toda saidinha, fazendo foto, "na idade dela"...e me perguntei, seria a avó de A. Vinda especialmente do Brasil, em Amsterdã, naquela prefeitura. Quem seria essa vovozinha, toda prosa. Vou saber mais tarde.


E algo me dizia, essa senhora tem a cara de São Paulo, a cara cosmopolita, de quem sabe curtir a vida, e fazer o que quer e se diverte, mesmo dentro das limitações de idade, e sorte dela, a saúde parecia estar bem assim como a aparência e o astral. Sinto que pessoas verdadeiras, quanto mais velhas, mais interessantes, e elas mesmas o são. E como aprecio isso.


Mais tarde no barco, fui conversar com a vovozinha...no que ela me disse. Eu sou a tia avó, a tia mãe do Cacá (apelido de A), aguentei-o vários anos na minha casa em São Paulo, adoro o Cacá, e adoro viajar. Tenho netos, mas viajar é uma paixão, estava também em maio aqui na Europa minha filha, fui a tal e tal lugares.

Ficar em casa, cuidando de netos, oops....bisnetos, nao é o meu negócio.

Quero aproveitar a vida, fazendo o que gosto.

Sim, minha filha...sou de Belém e moro em São Paulo.


Sim, fui casada, com um gaúcho...durou 15 anos, e depois o mandei pastar, mandão, machão, já foi tarde.

Que maravilha, me diverti muito batendo aquele papinho íntimo, trocamos figurinhas, até o momento dos discursos, ela me disse: quero FALAR também, eu falo um pouco inglês e a encaminhei pro discurso.


Foi incrível, eu poder anunciar o discurso da granny, e que discurso bonitinho que ela deu.

Era a pessoa de idade mais avançada no barco (festa) e nem porisso a menos festiva.

Pensei, quando eu "crescer" também quero isso, estar nos lugares, assim bonitinha, fazer fotos, dançar, não chamar nem muita, nem pouca atenção, ter esse tipo de atitude.


Gostei imensamente de saber que ela morava em São Paulo, pois já sabia anteriormente...ela é a cara de São Paulo, a independência e liberdade que São Paulo dá pra pessoas que vêm de outros lugares do Brasil, se expressarem e de se descobrirem donas do mundo.


Agora a formiga está aqui, tecendo pensamentos nesse verão de 2010 na Holanda, quem sabe em 2030, lá nos meus 80 anos, estarei (num barco) em Amsterdã, Veneza, Nova Deli, ou em outra parte do mundo qualquer dando um discurso sobre o AMOR...e suas diversas formas.








Friday, July 16, 2010

Italians do it better


Eu adoro roupa, moda...e tudo que ela envolve.
Eventos especiais, lá estou eu de "little black dress", tenho vários nos armários, e me sinto perfeita.

Apesar de não parecer, tenho o estilo clássico (assim na minha cabeça), até um pouco caricato, adoraria andar sempre vestida como pinup em picnic, manequim de vitrine, com penteados, delineador, piteira...estola, brincos iguais ao colar à la 50,60, ou também jeans e camiseta de chinelos de dedo (havaianas), e completamente maloqueira (em casa), mas com um bom batom, óculos...estando a pele/peso/cabelo em dia, não me importo com nada, e principalmente a cabeça. Quanto mais parada melhor, como se fosse posar pra VOGUE e muito retocada no fotoshop, claro. Movimentos caseiros, yoga, dança...estão proibidos nessa postagem.

Não sou daquelas que se tapeia nas lojas na época de liquidação (vide Zara sale), nem daquelas que compram um número de sapato maior/menor no Ebay, tampouco daquelas que ficam sabendo qual as novas tendências das passarelas dos grandes fashion designers de Milão, New York, Paris, Londres...eu gosto do que eu gosto, e tem peças que eu realmente AMO, mas que não me caem bem, e outra que eu preciso usar pra camuflar e nao mais pra aparecer e chamar atenção.

Hoje em dia, não preciso de ROUPA pra trabalhar, não uso mais UNIFORMES, uso o que tenho, o que quero...o que é possível, mas existem certas peças que estão sempre na minha cabeça, ou seja, minha cabeça é minha catwalk...que me dá o aval, de quando posso entrar em cena, e o que devo usar. Meu corte de cabelo reflete o momento, e no momento estou meio mulherzinha, porque estou com cabelão, tipo mulher das cavernas, puxa que eu gosto. Tudo na minha vida está relacionado, a roupa que uso, a música que ouço, meus filhos, meu passado, o "corte" de cabelo, minhas decisões, minhas escolhas, de "quase' tudo sairia um mini estudo antropológico, sociológico, musical, psicológico, gastronômico, temporal, espiritual.

Lógico que o mais importante nessa vida a gente ter o nosso próprio estilo e estar feliz como se é, e saber o que nos cai bem, conforme a ocasião, e ate a confusão é interessante até se achar o que se quer, o dito brainstorm, principalmente em ocasiões especiais que não estamos "mais" acostumados a ir...ou seja, entrar na PASSARELA, pode ser às vezes martirizante, melhor seria ficar no backstage, nem ter saído do atelier, afinal é no backstage que mora a realidade das pessoas e suas emoções, o trabalho duro, começa no atelier, no local de trabalho, mas às vezes a Greta Garbo tem que sair do casulo, se esconder é pra quem quer esconder algo, e eu não tenho "quase' segredos.

Recentemente uma amiga me confidenciou que foi a uma ópera, e lá chegando qual não foi a decepção de ver gente de jeans, sem compromisso com a imagem e sem glamour nenhum. Chato isso...gente mal vestida. Mas ao mesmo tempo, dane-se os outros...eu não tive o mesmo azar que ela, nunca fui em ópera na Eu ropa...só a espetáculos de dança, recitais de música clássica, concerto, e quase nem olho pro lado, se estou numa rave, danço na lama de pé no chão. Mas quando algo me chama a atenção como uma senhora anos atrás, que usa, turbante, delineador, piteira, tem a pele cheia de sardas, e a conheci com o marido num espetáculo de dança flamenca no teatro municipal de Leiden. Pensei assim, quero ser ASSIM, aliás já sou assim, porém mais nova, mas sinto uma conexão, com gente assim. Uma dessas basta por mil outros...

Ela essa senhora, tem um estilo próprio, ela é ela...e com certeza ela já percebeu que o mundo (outros) nunca vai nos louvar, portanto, melhor continuarmos a usar turbante, e usar piteira e jogar a cinzas na gentalha, hahaha...
Faz tempo que estava procurando algo pro casamento semana que vem.

Primeiro estava escrava da cor lilás, o dresscode das madrinhas. Quase entrei em pânico, porque lilás é uma cor que não me cai bem, e eu até poderia achar algo nessa cor que me sentasse, mas depois ia ficar no armário congelado pra sempre.

Sorte que algo aconteceu que fui liberada para usar o que quisesse. Tanto melhor alforria...preto a minha cor favorita estava fora de planos, branco também, cores fortes e primárias, tô fora, principalmente pra eventos pequenos de no máximo 35 pessoas. Discrição, elegância e graça nesses casos são as palavras de ordem, se sentir bem e ser o que se é. Bege, creme, nude, rosa antigo, pérolas, corsages, brocantes, adoro...


Pensei em um terno, blazer e saia justa bege (hehehe), modelagem impecável, cinturinha Dior em New look...mas o meu quadril fica largo demais, e pra dar o efeito que tinha na minha cabeça teria que ficar me equilibrando horas e horas em heels, e sinceramente...eu sou mulher, mas não aguento usar salto em trem, caminhar pelas ruas de Amsterdã, andar/caminhar mais do 4 horas num salto, não é pra mim, vai que todos resolvam dançar em algum lugar, não.



Se viesse com o salto o motorista à tiracolo seriam outros quinhentos.

Mas como nao é, e aqui não é São Paulo/NYC que se pode gritar: TÁXI...em qualquer lugar, melhor ver outra alternativa.

Desculpinha porque consegui achar o vestido que exatamente eu imaginava e claro, sem um heels ele até fica bonitinho, mas não é a mesma coisa.

Achei tudo exatamente como queria na minha cabeça, e sem gastar fortunas.

Claro nesse meio tempo, me apaixonei por um Valentinho azul marinho, mas no sale por 500 irrisórios euros, deixei pra lá. Acorda Alice!



Vou sonhar com aquele Valentino pra sempre...já faz parte de mim.

Procurei em vários, brechós, outlets, loja de departamento...loja de festas, noivas, internet, um vestido cocktail que não me deixasse com a sensação de estar atuando como a Lady Gaga, please...don't!

Esses vestidos Cindy Lauper, juro, ninguém merece, nem mesmo a Cindy Lauper.

Como é difícil achar algo quando nosso budget não é lá muito elástico. Porque afinal não é só um vestido, é também o sapato, a bolsa, o maninure, pedicure, cabelereiro, acessórios...quem ficará com as crianças (???), a lista de presentes online...a cor do esmalte/batom...e todos os detalhes, que te deixam como as celebridades no tapete vermelho, mas transparecendo que você não fez esforço nenhum pra isso...

Hahaha...a realidade é mais dura, quando você tem as crianças de férias à tiracolo, está prestes à mudar de residência (depois de longos 13 anos) e com bacons a mais e sem € 500 pra um blazer Valentino, portanto, todo o cuidado é pouco pra que a diversão, não se transforme em desespero, pânico, stress...seria mais uma saga de Valentino, mas os italianos me salvaram mais uma vez...vou de Made in Italy by Celyn, e estou tremendamente feliz e apaixonada por esse italiano.

Italians do it better...sei.


(postarei a foto, depois do evento).


















Tuesday, July 13, 2010

yes, I do.


Amiguinho vai casar, vamos comer bolo...beber champagne...brindar, celebrar.


Não vai ter vestido de noiva, porque é casamento de amigo com amigo, e estou claro...me sentindo a Carrie do Sex and the city 2 (the movie), experiência emocionante, serei testemunha ainda por cima, que nem no filme. Será que terá bouquet? hehehe...


Não vai ter cisnes nem Liza Minelli....mas vai ser show, tenho certeza...porque será um casamento em Amsterdã, no coração da Holanda, na Veneza do norte...e eu além de ser madrinha de um dos noivos, estarei bem acompanhada do meu fofíssimo Jurgen, ai serão muitas emoções, e a contagem regressiva já começou. Passeio de barco, todos lindos e perfumados.


Às vezes é difícil de aceitar que conheci alguém, que levanta meu astral, que me aceita exatamente como sou, mutante, mau e bem humorada, com 50 aninhos, acima do peso ideal, e ainda por cima essa louca que mora de dentro de mim, que os amigos íntimos bem conhecem...mas eu mesmo me desconheço, pois tenho que conviver comigo todos os dias.

Ele ainda por cima faz tudo pra mim com a maior boa vontade, e assim se passaram 5 meses, e eu sempre como uma desconfiada tentando achar defeitos pra acabar essa relação. Preciso de liberdade, de espaço...e de amor, compreensão...mas sou ainda (muito) realista em termos de "amor e uma cabana da mãe (são) Tomé".
Mas é tanto amor e dedicação...pra fazer o outro feliz, sem muitos esforços, e às vezes me pego, me sentindo como se tivesse 20 anos, em intermináveis beijos apaixonados.

Quando o pergunto, por que você gosta tanto de mim? Tenho como resposta...porque você é a pessoa mais incrível que conheci, a que mais me levanta o astral, a que me aceita como sou, a que me acha lindo mesmo com esse nariz de tucano, e ainda me "ensina" muitas coisas...seu mundo é fantástico, você é várias em UMA, blablabla...mas ao mesmo tempo eu, conheci poucas pessoas tão boa quant ele; sabe a pessoa tão boa que até parece panaca? E lá tenho eu que mudar meu pensamento, porque anda tudo tão perfeito ultimamente nos assuntos do coração e estragar é que não vou, posso me concentrar em coisas mais importantes na minha vida, estando em paz comigo e com a pessoa que me acompanha e me deixa crescer, evoluir, etc.
....

Eu hein? Percebo que muitas pessoas são, inacabadas...eu me sinto que estou muito acabada e chata, e queria fazer uns rascunhos de mim mesma pra parar de me levar (tão) à sério. Sei que sou várias, e ser eu já é complicado o suficiente. Há muito que não sou mais a DRAMA (QUEEN), ...confio em mim, e não preciso ser o OUTRO, meu grande desafio é não me perder, ser segura e livre. Portanto, estou alerta...você é querido, mas ainda é um rascunho, ainda bem, porque eu não quero MAIS OUVIR:

- Você sempre!

- Você nunca!

- você fez isso e aquilo, brigas e culpas colocadas no outro...gritos...

- pisar em ovos, ter que se desculpar por ser quem se é...


Não quero, não quero, não quero...porisso que minhas palavras são importantes, quero que você seja como eu: ALERTA...e não se deixe levar pela correnteza da rotina, da vidinha de casal que sempre abominei, ALERTA, acordado...e ainda apaixonado.


Mas isso tudo é outro papo, estarei bem acompanhada no casório. E me divertirei muito, até preparei um speech no caso de alguém querer ouvir...um speech sobre o AMOR e a desnecessidade de explicação.


Quase ninguém nesse mundo de Deus casa hoje em dia...


Claro claro, mas casamento me deixa assim: com a boca aberta cheia de dentes...que posso dizer?

Nada mais, apenas desejar que tudo seja perfeito e infinito enquanto dure e que eles sejam muito felizes como já são agora, antes do SIM...depois do sim, até a eternidade.







Wednesday, March 31, 2010

DJ Marquinhos


Pra não passar batido, porque seria uma lástima. Ele fez parte da minha história em São Paulo.
Esse foi o primeiro tributo feito pra ele no Brasil.
Esteja onde estiver, você merece muito mais querido! http://www.deepbeep.com.br/djs/marquinhos-ms/

Wednesday, March 3, 2010

zSHARE - What Should i Call This Mutha_ucka.mp3


zSHARE - What Should i Call This Mutha_ucka.mp3

Sinceramente a viagem vai assim ó: tum tum tum tum (como os leigos dizem), eles não entendem música eletrônica, mas em 2010, who cares?
Esse papo de dizer que música eletrônica, não é música...gente, façam-me o favor.
Vc com certeza deve estar acima dos 55 anos de idade.
Tenho pesquisado bastante dentro desse gênero, que chegou na minha vida bem antes de Kraftwerk (1977), na época da disco...pra dizer a verdade, anos 70, quando era adolescente...depois muitos sabem.
Minha vida e vida de DJ'S sempre foram um paralelo 25...
E como diz uma das faixas:

- who the hell you think you are?
(Who's afraid of Virginia Wolf)...a cavalaria está pronta.
Sente só esse track, não importa que sua dance-floor seja a sala de sua casa.

Bjs

Monday, March 1, 2010

Music is music


Passeio na floresta faz tempo e seu lobo não chegou. Seu lobo é um tal de livro que queria colocar em ordem ano passado.
Mas por pura falta de disciplina, acabei não fazendo nada e nem to nem ai, Acredito naqueles coisas do MOMENTO CERTO, NA HORA CERTA. Aliás continuo todas as noites escrevendo no meu "querido diário", mas o meu querido diário não satisfaz minhas necessidades imediatas, de colocar "no papel", e ser lido...DIGAMOS, o feedback que tenho no FB (leia-se Facebook), e como sei que jamais serei imortal, pelo menos quero viver como boa MORTAL.
Ou melhor, uma das verdades é que eu escrevo demais, de graça, e com o vício no Facebook...perdi o estímulo de escrever em blog. Lá também existe NOTES, onde você tranquilamente pode escrever seu texto e dividi-los com seus "milhares" de amigos, no meu caso quase 1000, centenas então (apesar de não serem todos dominantes da língua portuguesa), rapidamente e efetivamente podem ler, se forem "tagging"...ou se o título e imagem for algo interessante desse tal de note, e no meu caso, querendo ou não, possuo ou me possuem uma coisa estranha chamada "fãs"...hahaha, eu já desconfiava, mas agora tenho certeza.

Ano passado (por que estou falando do ano passado???), foi um ano com menos turbulências na minha humilde vida, uma delas desativada em fevereiro/2009.....e outra sem querer querendo ativada, em 30 de outubro de 2009, ao vivo e a cores, assim direto de SP pra Leiden no vôo da KLM, diretão. De setembro a 30/12 estava nas nuvens por ter conhecida a pessoa mais maravilhosa e inspirante da FACE da terra. A mais inteligente, genial, bonita, interessante, atraente, envolvente, cativamente, e muitas outras palavras terminada em a,e,i, o, u...uma pessoa apesar do amor e depois do ódio, que resgatou em mim coisas absurdamentes lindas, bizarras e me transformou novamente no que eu era. Tínhamos em comum essa coisa de bater papo até a madrugada afora, de nos entendermos através da "music is music"...e tudo que se transforma e te inspira, a música como linguagem, apesar da base ser música eletrônica, mas para nós entrava tudo nesse tutti frutti.
Mas é impossível viver só de CORAZÓN e música não enche barriga, a realidade é dura, carro precisa de gasolina, gasolina custa dinheiro, e assim a humanidade se confunde.
Entre o amor e o dinheiro e a segurança.
O céu fechou, era tudo ilusão virtual...essa pessoa, não se transformou na mais idiota, estúpida, mau caráter, repelente, estressante, mau educada, arrogante, prepotente, antes disso acontecer coloquei-a num tupperware e foi pro freezer dos meus pensamentos, fechado e lacrado, congelado que nem no filme Dorminhoco do Woody Allen.
E a vida continua depois do terremoto no Haiti, no Chile, o mundo, solo sempre foi louco, injusto, quem estuda geologia sabe...e lá segui sola novamente.

Enfim, pensei...por que não voltar com esse humilde blog? Dá trabalho todas essas palavras, alguém vai lê-las. Dentre tantos blogs "de verdade" por ai.
Mas não estou me importando com isso agora...a necessidade de escrever e mostrar um fragmento já limitadíssimo do meu universo minha forma de me expressar através da escrita, é o que vale. Escrevo, como se eu mesmo gostasse de ler', sempre me surpreendo comigo mesma.
(Então resumo Bebete!!!).

E a novidade é que hoje é primeiro de março de 2010, e cá estou eu limpando a casa.
O que me inspirou? O sol lá fora numa segunda feira, depois de um domingo chuvoso, frio e sem graça lá fora??? Eu me inspirei, na língua.
No beijo de língua, na Torre de Babel, na música Babel que demorei pra achar, e na língua escrita.
Isso não posso deixar passar, coisas que perduram, um blog, um esforço maior, apesar que esses NETWORKS como Facebook, vieram pra ficar...contatos imediatos, e blablabla...

Sinto a necessidade de um espaço meu novamente.
De mostrar ao mundo, que o TSUNAMI acabou, tsunami acabou...tsunami acabou.
Agora chegou a minha vez, mais um dia de sol...arrumar a casa, aula de yoga já dada, mais duas alunas novas. Que felicidade, que felicidade.
A primavera chegou antes pra mim este ano, chegou na forma de um chaveirinho que só o meu amigo Paulo Rogério vai saber o significado.
Eu era feliz antes, porque sou feliz todos os dias, mas agora estou novamente radiante, e não é ilusão, é assim como me sinto hoje.

Um ano de muitas possibilidades, muitas possibilidades.
Laptop vermelho, TV Plasma 42", 50 anos em NYC ou Roma, namorado novo careca...ui.
Viagem romântica a minha maneira à Paris, muito amor mas muito amor mesmo.
Bye Tsunamis!

A tranquilidade das manhãs de domingo

Na verdade a manhã se passou, a manhã de domingo. Acordei antes do despertador. Não acho ruim, com essas musiquinhas bacanas de celu...