Friday, February 25, 2011

Quando a vida silencia


Administrar a vida? Normalmente é uma BALANÇA de pesos e medidas, dificilmente se encontra o eixo de equilíbro total. Ninguém pode negar isso, só nega quem não presta atenção à sua própria vida, quem vive em constante estado de maya...sedado, com a cabeça debaixo da terra 'sobrevivendo', horas vivendo...que não sabe que a morte é implacável, e veio pra ceifar vidas. Quem viver, verá! O momento de silêncio.

E é triste, é duro, é momento que uns choram de um lado, e outros riem, dão gargalhadas, mas todos fazem parte de um mesmo 'Baile de máscaras', no final...o que restará, será o mesmo silêncio.

A vida não precisa explicação, de modo algum, é só se manter 'busy'...e seria muito fácil se estivéssemos sempre busy, ocupados com nossa própria vida, mas a vida em si, não é nossa própria vida somente, é a vida dos outros que nos envolvemos através dos anos, o nosso círculo, o círculo mais próximo, e o mais próximo do mais próximo, envolvendo pessoas no nosso passado e presente, que voltam e vêm, que estão ali, e não estão mais, mas aparecem de vez em quando. Negar o nosso passado, é negar nossa própria vida.


A vida não pode e nem deve ser banalizada, individualizada como numa sentença no presente do indicativo, a vida é convívio, mesmo no pensamento, mesmo à distância, mesmo no silêncio das relações familiares, de amizade, e outras...mesmo na maneira talvez injusta da distância entre pessoas, no condicional, na conjunção 'se'...


A única garantia, é que seguiremos no futuro, aqui ou acolá, sobreviveremos, viveremos e ninguém entrega os pontos assim na maior, não, covarde...ninguém quer ser. Covardia é uma palavra non grata.
Desistir de tudo? não...temos amor a vida, sabemos que ela é bela demais, pra nos ser tomada assim, amamos estar aqui, e vivê-la em sua plenitude, esse é o ideal de cada ser, mas não temos o poder sob a vida dos outros, principalmente por aqueles que nos são mais gratos, filhos, pais, amados amigos, conhecidos e por ai vai.

Do pouco que conheci, conheci muito do nome, do que eu ouvi dizer da pessoa, do que ouvi falar da pessoa, mas não a pessoa em si.

Queria homenagear uma menina, chamada Greta...que se foi, e não pude ter o privilégio, a honra de ter batido um papo com ela, de tê-la conhecido melhor, pois a vi pela primeira vez, na barriga da sua mãe na pista de dança do Nation e aquela imagem, de uma mãe jovem, nunca me saiu da cabeça, e estará pra sempre enquanto tiver discernimento e sanidade.

Estou triste, uma tristeza frustrante...aquela vida lá, não existe mais, aquela vida que estava dentro daquela barriga, que nasceu, cresceu e virou uma linda e desesperada mulher.
A mãe dela, uma maluca como eu, deve estar arrasada, deve estar se debatendo...essa mãe deve estar busy agora, e que esteja, e que esteja pra sobreviver.

Esse momento de dor, da morte implacável...vai cessar um dia, agora é tudo luto pra todos que conheceram a Greta.
Estamos pois de luto pela Greta que faleceu domingo passado 20 de fevereiro de 2011 em Campos do Jordão.
Esteja onde estiver querida, que seu espírito esteja em paz, e encontre a luz!
Agora simplesmente: Silêncio.


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