A Danuza Leão sempre foi o tipo de pessoa que me interessou.
Era jovem e vi uma foto dela acho que foi numa revista, só não lembro o nome, mas foi em Porto Alegre. Ela saíra do mar, toda molhada é óbvio e com um corpo esguio e uma cinturinha de pilão.
A silhueta dela marcou no meu imaginário. Diziam que era a irmã "manequim" de Nara Leão e o resto não me interessava, porque parecia um ninguém e alguém e pouco importava, mas o sobrenome Leão combinava muito com o cabelo, que parecia uma juba, e os olhos verdes e expressão facial faziam-na uma pessoa exótica, uma bocarra que abria bem quando dava risadas...ai que alegria.
Anos mais tarde ficou conhecida como a "diretrice" da boite privé Regine's, e depois do Hippopotamus (nunca fui)...acho que ai que mostrou mais a bocarra e a juba, era a tal hype da época.
A torcida do Coríntias sabe que trabalhei anos na noite de São Paulo, fiz e aconteci por lá, e de uma certa maneira Danuza Leão ficou conhecida também na noite do Rio de Janeiro, mas numa época anterior a minha.
Sem querer me comparar a Danuza, mas são poucas mulheres que "lidam" com a noite, e menos ainda as que ficam conhecidas e ou fazem algo diferente, só que a "fama" dela começou bem antes da noite, e o círculo social dela era completamente diferente do meu, ou o da minha época.
Conheci o jornalista Eduardo Logullo em São Paulo e um belo dia entrei no Frevinho da rua Augusta e lá estava ele e Danuza sentados juntos a mesa.
Logullo como sempre muito educado levantou pra me cumprimentar e me apresentou aquela leoa da Danuza. Não sou daquelas pessoas deslumbradas, sempre soube me comportar em qualquer lugar por onde passei, mas confesso que fiquei honrada em conhecer aquela mulher, mesmo que de relance, claro a palavra deslumbrada é demais pra minha cabeça. Passado alguns dias, nos reencontramos no mesmo aniversário de Logullo e dividimos o mesmo sofá. Gostaria de puxar papo com ela, mas eu senti que era um tipo de pessoa discreta (porque estava em território estranho "São Paulo")...e troquei algumas poucas palavras sobre trivilialidades, ela estava de mini-saia de tweed, eu de shortinho preto da Glória Coelho, quando eu ainda ousava e podia mostrar minhas pernas em público.
Era jovem e vi uma foto dela acho que foi numa revista, só não lembro o nome, mas foi em Porto Alegre. Ela saíra do mar, toda molhada é óbvio e com um corpo esguio e uma cinturinha de pilão.
A silhueta dela marcou no meu imaginário. Diziam que era a irmã "manequim" de Nara Leão e o resto não me interessava, porque parecia um ninguém e alguém e pouco importava, mas o sobrenome Leão combinava muito com o cabelo, que parecia uma juba, e os olhos verdes e expressão facial faziam-na uma pessoa exótica, uma bocarra que abria bem quando dava risadas...ai que alegria.
Anos mais tarde ficou conhecida como a "diretrice" da boite privé Regine's, e depois do Hippopotamus (nunca fui)...acho que ai que mostrou mais a bocarra e a juba, era a tal hype da época.
A torcida do Coríntias sabe que trabalhei anos na noite de São Paulo, fiz e aconteci por lá, e de uma certa maneira Danuza Leão ficou conhecida também na noite do Rio de Janeiro, mas numa época anterior a minha.
Sem querer me comparar a Danuza, mas são poucas mulheres que "lidam" com a noite, e menos ainda as que ficam conhecidas e ou fazem algo diferente, só que a "fama" dela começou bem antes da noite, e o círculo social dela era completamente diferente do meu, ou o da minha época.
Conheci o jornalista Eduardo Logullo em São Paulo e um belo dia entrei no Frevinho da rua Augusta e lá estava ele e Danuza sentados juntos a mesa.
Logullo como sempre muito educado levantou pra me cumprimentar e me apresentou aquela leoa da Danuza. Não sou daquelas pessoas deslumbradas, sempre soube me comportar em qualquer lugar por onde passei, mas confesso que fiquei honrada em conhecer aquela mulher, mesmo que de relance, claro a palavra deslumbrada é demais pra minha cabeça. Passado alguns dias, nos reencontramos no mesmo aniversário de Logullo e dividimos o mesmo sofá. Gostaria de puxar papo com ela, mas eu senti que era um tipo de pessoa discreta (porque estava em território estranho "São Paulo")...e troquei algumas poucas palavras sobre trivilialidades, ela estava de mini-saia de tweed, eu de shortinho preto da Glória Coelho, quando eu ainda ousava e podia mostrar minhas pernas em público.
Dias mais tarde fiquei sabendo pelo mesmo Logullo (todo mundo gosta de chamá-lo pelo sobrenome) que ela escrevera um livro "diferente" de boas maneiras, e que ele faria o prefácio, já que inicialmente ele seria o ghost writer. E o mais me interessou foi que ele falou que ela escrevera o livro todo, e tinha um estilo próprio pra isso, e as modificações feitas foram mínimas.
Aquilo ficou na minha cabeça, se ela pode eu também posso, mesmo que não tenha escrito livro nenhum até agora, mas me deu uma idéia já naquela época muito grande, porque escrevi umas colunas pra revista "The Journal"...e já estava me sentindo a tal, porque o editor da revista Cláudio Schleder (ou coisa assim, nunca soube escrever o nome dele direito), gostava do que eu escrevia, mas pensando bem eu tava na moda, ai vende, né?
Eduardo Logullo também era conhecido como grande diretor de shows(concertos), e inclusive havia proposto para dirigir meu show "Bebete - cantando pelos cotovelos", que nunca foi realizado pela agenda cheia de ambos. O que foi uma lástima, pois seria com certeza mais um grande sucesso meu, modéstia a parte.
Quando o livro "Na sala com Danuza"foi lançado, fui correndo comprar e li do início ao fim e fiquei fã daquela mulher meio picareta assim de carteirinha, sem profissão definida, do tipo o que vier eu traço, e agora tenho até um livro, completamente inovador em termos de "etiqueta e boas maneiras", super moderno, sem aquele ranço decadente de nouveau riche, livro foi um sucesso, depois veio outro de crônicas, que eu também li...e depois mais dois, que eu não li e agora esse novo.
Talvez porque tenha me identificado muito com ela como mulher, talvez porque seja pau pra toda obra também como ela, feminista e feminina, apaixonada, e porque sigo meu instinto e intuição e só faço o que gosto, ou pelo menos tento...pra mim ela é uma daquelas pessoas necessárias no Brasil, e agora trabalha na imprensa, e assim precisamos de gente por lá, que têm uma maneira diferente de ver as coisas, uma forma sincera, sem azedume da elite, que não faz nada, e ajudando aos poucos mudar a mentalidade feminina do país, e falando uma linguagem clara pras massas.
Claro minha vida não teve nem a metade do "glamour" da dela, mas quando se lê sobre as perdas que essa mulher teve, também gostaria de não as tê-la...principalmente a perda abrupta do filho num acidente de automóvel. E também sou de outra geração..."nossos ídolos não são os mesmos". Somos felizmente muito diferentes. E se for ver de perto um livro da Companhia das Letras é sempre muito bem editado, acho que até uma vida comum ia ficar bonitinho...
Será?
Existe a inspiração e a cópia. A cópia é querer ser o outro, a inspiração é que mulheres como Danuza me inspiram. Claro se eu tivesse também aquele pescoço longo, aquela cinturinha de pilão não iria recusar, e tivesse sido casado com intelectual também não ia reclamar, ou sim?
E uma irmã, princesinha da Bossa Nova também não. Sem dúvida ela teve uma vida bem fora dos parâmetros normais e uma pessoa movida à paixões. Adoro isso.
Meu amigo Antonio me emprestou o quinto livro dela "Quase tudo" e já li quase tudo em Bruxelas e na viagem de trem terminei-o.
É preciso se despir muito pra escrever um livro como esse. Ela nunca se despiu pra Playboy, o que faz ficar ainda melhor. Porque ficar nua numa dessas revistas toscas, queima muito o filme, salvo algumas exceções algumas não ficam marcadas como "peladona", a única vantagem é garantir um apartamento num bairro nobre de uma grande capital...mas e o condomínio?
Com a elegância de Danuza, a melhor coisa era ficar vestida...ou de bikini nas praias do Rio de Janeiro, sua marca registrada.
Tiro o chapéu pra ela mais uma vez.
Meu amigo Antonio me emprestou o quinto livro dela "Quase tudo" e já li quase tudo em Bruxelas e na viagem de trem terminei-o.
É preciso se despir muito pra escrever um livro como esse. Ela nunca se despiu pra Playboy, o que faz ficar ainda melhor. Porque ficar nua numa dessas revistas toscas, queima muito o filme, salvo algumas exceções algumas não ficam marcadas como "peladona", a única vantagem é garantir um apartamento num bairro nobre de uma grande capital...mas e o condomínio?
Com a elegância de Danuza, a melhor coisa era ficar vestida...ou de bikini nas praias do Rio de Janeiro, sua marca registrada.
Tiro o chapéu pra ela mais uma vez.
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