Saturday, February 10, 2007

A volta dos que não foram....e noite de esperas.


Pensei que ia desistir, mais uma vez, pensei que as forças malévolas me fariam desistir de continuar a escrever por aqui.
Mas parei por uns tempos, e apesar de que não tenha feito nada de especial, o que não preciso basta ter minha cabeça, e dou volta ao mundo em um dia.
Culturalmente a minha vida está pra lá de pobre.
Até no Festival de cinema de Roterdã eu fui, e não pude pelo meu schedule, assistir a nenhum filme.
Me restou comparecer numa festa com a minha amiga de balada - eta palavra ingrata, Malu.
Foi engraçado saber que para entrar na festa seria preciso ter um ticket qualquer do filme, e lá fomos nós "catar" alguém que nos desse os tais ingressos. Mas deu certo, e me senti uma estudante, me descolando, uma anônima feliz com seus 15 minutos de fama, feliz por suas travessuras.

Para entrar na tal festa, tínhamos que esperar as pessoas sairem do filme, era um local bacana com um bar enorme, e também um club....aliás Roterdã me lembra São Paulo, só lembra....mas não é.

Depois da espera, pelo amor de Deus como é chato esperar. Tivemos que esperar a disco abrir....esperamos e entramos.
O lugar era legal, deu até pra dançar no palco e se mostrar...só faltava alguém querer ver.
Tipo da coisa que me dano aqui na Holanda, o povo não paquera, não olha, não dá passagem, e nem te vê...como se você fosse transparente, invisível.

Essa minha invisibilidade, já entrou no meu cotidiano. Hoje em dia, até sei porque sorrio pouco e sou até deprimida. É porque estava acostumada com a atenção e indiscrição do Brasil. Aqui tanto faz como você se veste, os diferentes não causam nenhuma comoção. Parece que são até obrigados em aparecer, em ser assim...diferentes, fazem parte do circo, do carnaval de máscaras, da água e morna que é a Holanda.

Na volta de Roterdã para Leiden, mais uma espera de uma hora...pelo trem. Pelo amor de Deus, como odeio esperar, num lugar sujo, sem ter onde sentar e o que é o pior das punições, sem poder fumar. Aliás podia, mas lá fora na estação no frio, e era uma daquelas noites frias brrrrr e gélidas, o único consolo, um gatinho de capuz, que mesmo encoberto nas jaquetas, etc meu raio-x não me engana. 100% colírio Moura Brasil e posteriormente até minha amiga Malu concordou. No trem ele nem nos deu bola, ficou no seu MP3/celular...ouvindo música/passando sms's...e nós, transparentes.

Sobrevivemos as esperas, a gelada do garoto nas balzaquianas plus, pegamos um táxi pra casa. E nada como chegar em casa, tirar a meleca da cara, tirar as botas e se juntar ao melhor companheiro de todas as horas, Morfeu.

Bem-vinda ao por acaso BBT.

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