A-do-ro desafios e aventuras, e festas, e mudanças, e fazer amigos novos, e viajar, e dançar.
Correr riscos também fazem parte de minha personalidade, "bipolar" ou não, já arrisquei muito mais no passado, mas continuo arriscando a ter experiências novas, que nunca vivi antes e que muitos na minha idade nem cogitariam em fazer.
Visitando uma amiga artista plástica ontem, minha caríssima Anna, quando contei do recente diagnóstico ela comentou:
"My god, você tem mais propensão a ser gênio...", sabendo já da fama de muitos que possuem o transtorno afetivo bipolar.
Achei engraçado o comentário, mas jamais me compararia a um gênio como Baudelaire, Goethe, Nietzsche, Sócrates, Kierkegaard, Gauguin, Goya, Schubert(Robert), Beethoven, Dickens, Virgina Woolf, van Gogh, Isaac Newton etcetera etcerea, os bipolares conhecidos na história, eu sou simplesmente uma Maria que inventou em ser a tal Bebete, e a tal Bebete é uma figurinha que não existe dupla. Completou o álbum e that's it.
Eu sou também apenas uma passageira confusa desse planeta Terra, às vezes super alegre e positiva, às triste e sombria, e às vezes oscilo naquele que acho pior o "campo neutro", o tédio que praticamente não existe e só tá na cabeça da gente. É uma questão de mexer o corpo, arrumar gavetas e se ocupar com algo produtivo, não preciso escrever nem uma sinfonia e nem tenho cacife para tal, mas pelo pensamento posso mudar a ordem dos acontecimentos e os próprios acontecimentos, o acaso já existe por si. Somente quem já passou pela negritude da noite fria, sabe apreciar o poder energizador de um dia de sol.
Estou exatamente onde devia estar, porque esse foi o caminho que encontrei, que queria encontrar, e só eu tenho o poder da mudança, e se não mudá-lo é problema meu, contando que não envolva negativamente na vida de outros ao meu redor, e nesse caminho somos praticamente obrigados a tomar decisões a todo instante, e o macaco Simão na sua vã filosofia dizia, quem fica parado é poste, eu também concordo em gênero, número e grau, keep on moving, don't stop, no! Lembro também agora de Soul to Soul...bárbaro.
Confesso, que preciso de estímulos de todos os jeitos, me sinto mais feliz assim, e lá pelos 80/90 anos se eu tiver Alzheimer, eu vou esquecer tudo mesmo. Vou esquecer as lembranças boas e ruins, as vergonhas, os medos, vou virar um outro eu, e nem de lembranças vou viver, porque nem saber pra que serve uma pasta de dentes saberei, esse cérebro aqui é o chefe, mas por enquanto quem o comanda sou eu...mas se por vias do acaso, ele ficar intacto, darei boas risadas banguela no asilo, das coisas que aprontei.
Sou uma jovem, doidinha de 46 anos. E o tempo vai passando...e os números vão avançando, e mesmo cada dia aprendendo lições, às vezes elas voltam, e a gente fica assim, aprendendo tudo, e não sabendo nada, já tive a impressão de ser uma pessoa mais doce aos 13 anos, uma outra com menos medos aos 25, já fui também uma mais tolerante aos 33, e mais sábia e altruísta aos 37 quando fui mãe pela primeira vez, uma com mais auto-estima aos 42, e a energia vai e vem, estagnada nunca fica.
E escolhi o caminho do amor, da amizade, da experiência, da maternidade, de não negar uma experiência (que nem diz Wilde), os momentos passam, devemos perdoar aqueles que pisaram no nosso calo, e ter uma dívida de gratidão perante a eles, porque se não fossem eles, não estaríamos aqui, tentando evoluir do jeito que estamos.
Uns me chamam de mundana, outros de "tolinha", outros de genial, outros de bonitinha mas ordinária, uns até de bitch, uns de racional e humana, mas o mais importante que me vejo como uma pessoa especial, pra mim e sobretudo verdadeira, "ela se joga" na vida.
Correr riscos também fazem parte de minha personalidade, "bipolar" ou não, já arrisquei muito mais no passado, mas continuo arriscando a ter experiências novas, que nunca vivi antes e que muitos na minha idade nem cogitariam em fazer.
Visitando uma amiga artista plástica ontem, minha caríssima Anna, quando contei do recente diagnóstico ela comentou:
"My god, você tem mais propensão a ser gênio...", sabendo já da fama de muitos que possuem o transtorno afetivo bipolar.
Achei engraçado o comentário, mas jamais me compararia a um gênio como Baudelaire, Goethe, Nietzsche, Sócrates, Kierkegaard, Gauguin, Goya, Schubert(Robert), Beethoven, Dickens, Virgina Woolf, van Gogh, Isaac Newton etcetera etcerea, os bipolares conhecidos na história, eu sou simplesmente uma Maria que inventou em ser a tal Bebete, e a tal Bebete é uma figurinha que não existe dupla. Completou o álbum e that's it.
Eu sou também apenas uma passageira confusa desse planeta Terra, às vezes super alegre e positiva, às triste e sombria, e às vezes oscilo naquele que acho pior o "campo neutro", o tédio que praticamente não existe e só tá na cabeça da gente. É uma questão de mexer o corpo, arrumar gavetas e se ocupar com algo produtivo, não preciso escrever nem uma sinfonia e nem tenho cacife para tal, mas pelo pensamento posso mudar a ordem dos acontecimentos e os próprios acontecimentos, o acaso já existe por si. Somente quem já passou pela negritude da noite fria, sabe apreciar o poder energizador de um dia de sol.
Estou exatamente onde devia estar, porque esse foi o caminho que encontrei, que queria encontrar, e só eu tenho o poder da mudança, e se não mudá-lo é problema meu, contando que não envolva negativamente na vida de outros ao meu redor, e nesse caminho somos praticamente obrigados a tomar decisões a todo instante, e o macaco Simão na sua vã filosofia dizia, quem fica parado é poste, eu também concordo em gênero, número e grau, keep on moving, don't stop, no! Lembro também agora de Soul to Soul...bárbaro.
Confesso, que preciso de estímulos de todos os jeitos, me sinto mais feliz assim, e lá pelos 80/90 anos se eu tiver Alzheimer, eu vou esquecer tudo mesmo. Vou esquecer as lembranças boas e ruins, as vergonhas, os medos, vou virar um outro eu, e nem de lembranças vou viver, porque nem saber pra que serve uma pasta de dentes saberei, esse cérebro aqui é o chefe, mas por enquanto quem o comanda sou eu...mas se por vias do acaso, ele ficar intacto, darei boas risadas banguela no asilo, das coisas que aprontei.
Sou uma jovem, doidinha de 46 anos. E o tempo vai passando...e os números vão avançando, e mesmo cada dia aprendendo lições, às vezes elas voltam, e a gente fica assim, aprendendo tudo, e não sabendo nada, já tive a impressão de ser uma pessoa mais doce aos 13 anos, uma outra com menos medos aos 25, já fui também uma mais tolerante aos 33, e mais sábia e altruísta aos 37 quando fui mãe pela primeira vez, uma com mais auto-estima aos 42, e a energia vai e vem, estagnada nunca fica.
E escolhi o caminho do amor, da amizade, da experiência, da maternidade, de não negar uma experiência (que nem diz Wilde), os momentos passam, devemos perdoar aqueles que pisaram no nosso calo, e ter uma dívida de gratidão perante a eles, porque se não fossem eles, não estaríamos aqui, tentando evoluir do jeito que estamos.
Uns me chamam de mundana, outros de "tolinha", outros de genial, outros de bonitinha mas ordinária, uns até de bitch, uns de racional e humana, mas o mais importante que me vejo como uma pessoa especial, pra mim e sobretudo verdadeira, "ela se joga" na vida.
4 comments:
Adorei isso aqui, penso exatamente o mesmo: Estou exatamente onde devia estar, porque esse foi o caminho que encontrei, que queria encontrar, e só eu tenho o poder da mudança, e se não mudá-lo é problema meu, contando que não envolva negativamente na vida de outros ao meu redor...
A vida é isso: vivendo e aprendendo.
Este texto me fez lembrar daquela do Dalai Lama.
O que mais te surpreende na Humanidade?
Ele respondeu:
Os homens...porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente e nem o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer...e morrem como se nunca tivessem vivido.
Então minha amiga tá tudo certo e o importante é que você vive.
E eu...quero ser bipolar...heheheh
Bjs
uff: estou diagnosticada: sou normal! te amo, bebete!
bebete,
eu sinto assim como vc. da escuridão á luz do sol. agradecer é sempre bom.
Então pra barangar mesmo... vamos pular, vamos pular, vamos pular.
Requebrando até o chão!
ai! adoro tudo o que vc escreve.
beijo daqui das minas gerais
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